O processo de recaída, dentro da visão Cognitivo Comportamental
Dentro do processo clínico terapêutico realizado na Clínica de Recuperação Especializada (C-TES), o paciente dependente de substâncias psicoativas,
é levado a um nível máximo de conscientização, para que o mesmo possa
desenvolver auto eficácia, examinar seus pensamentos automáticos
disfuncionais, trabalhar suas crenças, e de tal forma obter o controle e
estabilidade de suas emoções, para que seus comportamentos sejam mais
adaptativos e menos destrutivos.
Entretanto, quando o paciente não
desenvolve ferramentas e/ou habilidades comportamentais, ou seja, não
desenvolve resposta de enfrentamento satisfatória, o
indivíduo não aumenta o seu repertório comportamental, suas crenças
disfuncionais permanecem, suas emoções não são controladas tão pouco
modificadas, seu comportamento tende a ser autodestrutivo, utiliza como
mecanismo de fuga de uma situação ativadora o uso da substância
química, de tal forma, quando há a recaída o indivíduo naturalmente
tende a criar novas crenças ou a retomar as crenças já adquiridas, tal
como, crenças de desvalor (acredita piamente que é uma pessoa
inaceitável); crenças de desamparo (sou incompetente) e crenças de
desamor (serei rejeitado). Todo esse esquema faz com que o indivíduo
mergulhe em crenças disfuncionais, e de tal modo começa a acreditar que
nada irá mudar, ou seja, não existe motivação para a mudança, e de tal
forma a substância química o “satisfaz” traz o alivio imediato, que em
pouco tempo tornar-se-á potencializador para novos problemas, no
âmbito pessoal, emocional, familiar, financeiro, estrutural, entre
outros.
Portanto, dentro da visão cognitiva comportamental,
se torna importantíssimo que o indivíduo identifique seus pensamentos
automáticos disfuncionais (negativos, irrealistas), modifique por
novos pensamentos mais adaptativos, e no papel de terapeuta auxiliar o
indivíduo a perceber que mudando a forma que o mesmo vê e pensa as
situações, suas emoções também mudam, automaticamente o seu
comportamento é alterado por um comportamento mais plausível, aliando um
treinamento de habilidades sociais, todo esse movimento afim de que
aumente a sua qualidade de vida, obtendo assim um vida satisfatória sem
o uso de drogas.
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